Resistência firme<br>na hotelaria

Com uma adesão de cem por cento, os tra­ba­lha­dores da Sol­nave no re­fei­tório do ISEG (Ins­ti­tuto Su­pe­rior de Eco­nomia e Gestão), em Lisboa, es­ti­veram em greve na terça-feira, pro­tes­tando contra o não pa­ga­mento de tra­balho noc­turno e su­ple­mentar e exi­gindo que os sa­lá­rios sejam pagos a tempo e horas.
Um di­ri­gente do Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores na In­dús­tria de Ho­te­laria, Tu­rismo, Res­tau­rante e Si­mi­lares do Sul, da Fe­saht/​CGTP-IN, ex­plicou ao Avante! que «a ex­plo­ração que hoje se vive nos re­fei­tó­rios da Sol­nave é brutal», che­gando ao ponto de só terem re­ce­bido o sa­lário de Ou­tubro de­pois de ter sido apre­sen­tado o pré-aviso de greve. Du­rante este dia de luta, os tra­ba­lha­dores as­se­gu­raram que, no dia 26, todos os re­fei­tó­rios ge­ridos pela Sol­nave es­tarão em greve. Nesse dia, os tra­ba­lha­dores de­verão con­cen­trar-se em Lisboa.

Contra o des­pe­di­mento co­lec­tivo de 21 tra­ba­lha­dores, o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da In­dús­tria de Ho­te­laria, Res­tau­rantes e Si­mi­lares do Norte, também fi­liado na CGTP-IN, pro­moveu uma con­cen­tração, no dia 9, frente ao Ca­sino da Póvoa de Varzim. Fran­cisco Fi­guei­redo, di­ri­gente do sin­di­cato, disse à agência Lusa que o des­pe­di­mento é ilí­cito e a em­presa não tem pro­blemas eco­nó­micos, pre­tende, sim, «ani­quilar os re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores». Dos 21 tra­ba­lha­dores in­cluídos no des­pe­di­mento, sete são re­pre­sen­tantes sin­di­cais e mem­bros da co­missão de tra­ba­lha­dores.
No local, em so­li­da­ri­e­dade, es­teve Jorge Ma­chado, de­pu­tado do PCP, que na vés­pera tinha in­ter­pe­lado o se­cre­tário de Es­tado do Tu­rismo. Lem­brou ali que o Ca­sino da Póvoa «con­tinua a dar avul­ta­dís­simos lu­cros» e o Es­tado su­portou me­tade de um re­cente in­ves­ti­mento de 12 mi­lhões de euros.

En­cer­rado a 31 de Maio, o Hotel da Horta moveu um des­pe­di­mento co­lec­tivo a 16 tra­ba­lha­dores, que re­cu­saram re­ceber apenas me­tade da in­dem­ni­zação. Na se­gunda-feira, dia 11, após uma au­di­ência de partes, foi de­ci­dido se­guir com este pro­cesso para jul­ga­mento. João Decq Mota, di­ri­gente da União de Sin­di­catos da Horta, da CGTP-IN, ex­plicou que os tra­ba­lha­dores con­ti­nu­aram a com­pa­recer, por vá­rias vezes, na porta de en­trada do hotel, de­pois do en­cer­ra­mento, como com­provou a pró­pria Ins­pecção Re­gi­onal de Tra­balho, pelo que não podem agora ser acu­sados de terem aban­do­nado o ser­viço.




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